Já nem sombra sou do que
fui,
perdi-me na penumbra do
meu ser,
sou alguém que nem sombra
possui
e não se encontra num
novo alvorecer.
Já não faço sombra a
ninguém,
não me temam, sou o falso
herói
sem história, essência e vintém,
já nem o ego me dói.
Resto de um rasto que se
apagou
na estrada por onde nunca
se andou,
nem a fímbria de um rio
obscuro,
nem musgo a crescer num
muro.
Fica o nada do que fui um
dia,
um eu à procura do seu
ego,
um eu nitidamente cego
a viver uma existência
vazia.
Célia
Gil
1 Comentarios
Parabéns pelo dom da poesia, palavras profundas!~
ResponderEliminarBeijos
CamomilaRosa