(imagem do Google)
Às vezes
sem fé
continuo
o meu caminho,
faço
mesmo um finca-pé
à
procura do destino.
Às vezes
sem norte
ando de
costas pró sul
e não
sei se é por sorte
mas
encontro o meu azul.
Às vezes
sem cor
pinto um
mundo colorido,
não
deixando a minha dor
invadir
o meu abrigo.
Às vezes
chorando
vou
rasgando um sorriso,
porque
assim vou libertando
o meu
pássaro ferido.
Às vezes
desarmada
faço
frente a duras guerras,
numa
carta mal jogada
vou
vencendo primaveras.Célia Gil